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Cuidados na hora de viajar!!!

Cuidados na hora de viajar!!!

Cuidados com seu animalzinho na hora de viajar

 

Não são só as pessoas que precisam de documentos na hora de viajar. Os animais de estimação também necessitam identificação formal e de cuidados especiais, mesmo em viagens de pequena distância. Para não ser pego de surpresa, o ideal é que o dono leve o pet ao veterinário antes da viagem e também procure informações com o Ministério da Agricultura e com companhias aéreas e de ônibus.


Os preparativos devem começar dias antes da viagem. Inicialmente, é necessária uma visita ao veterinário. O profissional vai avaliar o bichinho e liberar a guia de transporte de animais (GTA), obrigatória para viagens interestaduais. Várias clínicas veterinárias são credenciadas pelo Ministério da Agricultura para expedir o documento. “O veterinário fará um exame clínico que vai desde a anamnese (entrevista com o dono para saber as doenças anteriores) até pedir exames”, explica o veterinário Célio Darwich Apgaua.


Ele lembra que os animais que não estiverem em dia com as vacinas obrigatórias (polivalente e anti-rábica) devem receber as doses também nesse momento.
Para viagens internacionais de cães e gatos, outro documento é necessário: o certificado zoosanitário internacional (CZI). A autorização é disponibilizada pelo Ministério da Agricultura e só serve para entrar com o bichinho no outro país.


Quando o animal for retornar para o Brasil, outro documento terá que ser emitido, só que dessa vez pelo órgão equivalente ao ministério no exterior. Alguns países ainda fazem outras exigências. Os da União Europeia e o Japão, por exemplo, determinam que um microchip com a identificação do cão ou do gato seja instalado na nuca do animal.


Até o fim do ano, é possível que já esteja valendo o passaporte também para animais. O decreto foi assinado pelo presidente Lula em março. A expectativa é que o documento contenha nome, espécie, raça, cor, data de nascimento, nome e endereço do dono, dados de vacinação, atestado médico com assinatura do veterinário responsável e data de aplicação e localização do microchip, que será obrigatório para quem solicitar o passaporte. O documento será gratuito, porém a colocação do chip será cobrada, já que ficará a cargo do dono escolher o veterinário que fará o implante.


Viagens de avião também devem ser planejadas, e as companhias aéreas, consultadas. Isso porque algumas não fazem o transporte de determinadas raças de cães e de outras espécies de animais. A TAM, por exemplo, só carrega cães e gatos. Já a Gol não transporta cães da raça bulldog. “Por ter o focinho chato, essa raça tem certa dificuldade respiratória, assim como os pugs”, lembrou a veterinária Vanessa Mendonça Castro, 45 anos.


Para Vanessa, animais idosos, com problemas cardíacos e congênitos e que são muito sensíveis ou estressados, também devem ter uma atenção especial, principalmente se a viagem for feita de ônibus. A consulta prévia com um veterinário é importante também para que ele possa dizer se o animal pode correr algum risco de vida se fizer a viagem. Diferente dos demais, o cão-guia pode viajar ao lado do dono.


Algumas empresas de ônibus permitem que o animal seja levado junto com o dono, dentro de caixas. Mas outras permitem apenas que eles façam a viagem no bagageiro. “No ônibus, o transporte é arriscado porque não há nenhuma entrada de ar no bagageiro para respirar”, disse Vanessa. O importante é conversar anteriormente com a empresa para saber quais são as exigências.


Apesar de apresentarem determinações diferentes, todas as empresas aéreas e rodoviárias exigem que os cães e gatos sejam transportados em kennels. Os contêineres vendidos em petshops precisam ter tamanho que possibilite o animal dar uma volta em torno de si.


Para Maria Inês Ferreira Lourenço, proprietária do petshop Gutierrez, o mais seguro é o kennel feito de fibra, por ser mais resistente. “A caixa de madeira é mais barata, porém as companhias aéreas não aceitam por serem mais fracas”, alertou Maria Inês. Cachorros de grande porte, como rottweilers, podem destruir esse tipo de contêiner facilmente.


Alimentação deve ser evitada antes de ‘pegar a estrada’


Além da preocupação com a forma como deve ser transportado, os donos de cães e gatos ainda têm que se preocupar com cuidados durante a viagem. Tanto os felinos quanto os caninos não devem ser alimentados antes de seguirem a estrada, pois há o risco de eles passarem mal.


A cada três horas, pelo menos, eles têm que beber água para não desidratar. O veterinário Célio Darwich Apgaua alerta para o fato de que o cachorro levado na parte traseira das caminhonetes se desidratam rapidamente e requerem mais cuidados. Já Maria Inês Ferreira recomenda o uso de bebedouros automáticos que podem ser fixados nas grades das caixas de transporte. “O animal vai encostar a língua na bolinha e a água vai sair aos poucos”, contou.


A mordaça que fecha completamente a boca do animal não é recomendável. “Se fechar a boca do cachorro, ele morre por excesso de calor. Isso acontece porque os cães também transpiram pela boca”, explica Célio Apgaua. Os animais mais ferozes, como pitbulls e rottweilers, devem usar uma mordaça que possui uma grade.
Os veterinários também não recomendam anestesiar ou sedar os animais, porque eles podem aspirar água e o problema não ser percebido pelo dono.


Algumas empresas aéreas lembram que as caixas de transporte não podem ter protuberâncias que machuquem os animais. Para maior conforto, Vanessa recomenda que os donos coloquem cobertores, tapetinhos ou colchonetes que os animais gostem. “Há sprays à base de feromônio produzidos para o gato que podem ser jogados na caixinha de transporte para que ele se sinta mais a vontade”, recomendou Vanessa.


O feromônio é um hormônio natural que o gato passa ao esfregar o corpo nos locais. Na casa onde vive, por exemplo, esse cheiro natural está presente, o que deixa o animal mais confortável.


A veterinária lembrou que os animais exóticos, pássaros e peixes são mais “estressados” e sofrem com as mudanças. Segundo ela, qualquer manipulação pode provocar a morte do animal e, por isso, é importante avaliar com o veterinário se o transporte pode ser realizado e como deve ser feito.